Avisar ao mundo que o Autismo não termina na infância, é um desafio e um dever da nossa sociedade. As crianças autistas serão adolescentes, que se tornarão adultos e, mais tarde, serão idosos autistas. Portanto, devemos estar atentos às suas necessidades e a formas eficazes de apoiá-los e integrá-los em nosso meio.
Como é o autismo em adultos? Como identificá-lo?
Interação
O autista tem dificuldade para compreender regras sociais que não são óbvias, como por exemplo:
Pode parecer que a pessoa “não se liga” quando outra faz um sinal (por exemplo: gesto, olhar, careta) com o objetivo de transmitir uma mensagem, chamar atenção ou adverti-la de algo, porque as expressões faciais são difíceis de serem percebidas.
É comum que a pessoa tenha problemas para entender metáforas, ironias e piadas que têm duplo sentido ou uma mensagem “escondida”.
A pessoa pode parecer ingênua, não ver maldade nem malandragem e até mesmo malícia em situações que outras pessoas normalmente perceberiam rapidamente.
Podem ter dificuldade para ter empatia com o outro, por isso geralmente não percebem sinais emocionais sutis como por exemplo: tristeza, raiva, tédio e até de alegria, a menos que sejam bastante óbvias.
Socialização
Geralmente os autistas não ficam à vontade com demonstrações de carinho, mesmo com aqueles de quem são próximas, podem evitar beijos, abraços ou toque.
Tem dificuldade em compreender coisas abstratas como por exemplo: sensações, intuições, ideologias, etc.
Parecem encarar a vida de forma muito prática e objetiva.
Podem preferir falar de assuntos muito específicos, por muito tempo, e como tem dificuldade para perceber sinais sutis, muitas vezes não conseguem perceber quando as outras pessoas não estão mais interessadas no assunto.
Podem usar linguagem muito formal e parecerem inadequados ao ambiente.
Utilizam linguagem direta e podem ser percebidas como “grossas”, simplesmente porque são extremamente honestas com seus pensamentos e não percebem que podem chatear o outro.
Funcionamento
Apresentam muita resistência a fazer as coisas fora do planejado e sair da rotina, ficando ansiosos e irritados com isso.
Interesse pronunciado (hiperfoco) em ferramentas, instrumentos, mecanismos tecnológicos e coisas materiais.
Sensibilidade
Sofrimento intenso com barulhos incômodos e ambientes agitados.
Dificuldade em usar roupas de tecido não tão confortável.
Restrições alimentares: por exemplo, não gostar de comida com textura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumada.
Também são frequentes outras alterações sensoriais, como muita sensibilidade a luz, por exemplo.
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