O mês de Março traz duas cores para conscientizar as pessoas sobre os cuidados com a saúde, mais especificamente as mulheres. É um mês para falarmos mais amplamente sobre doenças como a Endometriose, e o Câncer de Colo de Útero.
Março Lilás - Essa campanha visa levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.
Considerada a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal.
Os fatores de risco do câncer de colo de útero envolvem o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, tabagismo, histórico familiar e início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
Sintomas
O câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, sem causar sintomas em estágio inicial. No entanto, em casos mais avançados o tumor pode causar:
· Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns;
· Sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa;
· Dor durante a relação sexual ou na pelve;
· Problemas urinários ou intestinais;
· Perda de peso involuntária;
· Anemia, devido ao sangramento frequente;
· Dores nas costas ou nas pernas.
Prevenção
A transmissão do vírus HPV, responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, é decorrente de relações sexuais e a medida preventiva mais recomendada para evitar esse tipo de vírus (além de outras doenças sexualmente transmissíveis) é o uso da camisinha.
O principal meio de prevenção contra o câncer de colo de útero é o exame Papanicolau detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples.
O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que tem/tiveram uma vida sexual ativa realize o exame preventivo a cada três anos caso os resultados sejam normais. Agora, se houver a presença do tumor, será necessário repetir o exame em um período mais próximo.
Vacinação Contra HPV
O Ministério da Saúde estendeu o direito à vacina tetravalente contra HPV para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. A vacinação protege contra os subtipos: 6, 11 (causadores de verrugas genitais) e 16 e 18 (responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em mulheres).
Mulheres vacinadas a partir dos 25 anos deverão realizar periodicamente o exame preventivo periodicamente, visto que a vacina não protege o organismo contra os subtipos cancerígenos do HPV.
Tratamento
Entre os tratamentos mais recomendados está a cirurgia, a radioterapia ou em condições mais graves, a quimioterapia.
Cada caso deve ser avaliado e acompanhado por um médico para receber o tratamento adequado de acordo com o tamanho do tumor, seu estágio e fatores como a idade.
Março Amarelo – a conscientização da Endometriose, uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino. A doença afeta milhões de brasileiras em idade reprodutiva e as causas ainda não foram totalmente esclarecidas pela medicina, mas podem envolver estresse, ansiedade, fatores genéticos, alterações imunológicas, endometriais e até ambientais. O risco pode ser maior entre mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos de idade.
Sintomas:
· Dor na região pélvica;
· Dor durante a relação sexual;
· Dificuldade para engravidar;
· Em alguns casos, infertilidade;
· Mulheres com endometriose grave, muitas vezes, são assintomáticas, enquanto outras no estágio inicial da doença, sentem dor que pode se tornar incapacitante.
Diagnóstico:
O médico pode suspeitar de endometriose quando a mulher apresentar os sintomas típicos da doença. Muitas vezes, a doença não é percebida no exame físico, porém a mulher pode sentir dor durante o exame. Em alguns casos, o médico é capaz de perceber massa de tecido atrás do útero ou próximo dos ovários, através do exame de toque. No entanto, ele só poderá confirmar o diagnóstico se tiver certeza que as placas observadas são de tecido endometrial, com a realização de exames mais específicos para diagnosticar a doença. Existem exames capazes de diagnosticar se a endometriose está afetando a fertilidade da mulher.
Prevenção:
A prevenção se faz com hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista.
Tratamento:
Na maioria dos casos, o tratamento recomendado é medicamentoso, para promover a melhora dos sintomas e impedir o avanço da doença. A cirurgia para retirada das placas é recomendada em alguns casos.
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